Explicamos o que é a Pirâmide de Kelsen no sistema jurídico, seus níveis e mecanismos de controle. Além disso, o que isso representa no México.
O que é a Pirâmide de Kelsen?
A Pirâmide de Kelsen, a Pirâmide de Kelsen ou a Pirâmide da hierarquia jurídica é a representação gráfica do sistema jurídico por meio de uma pirâmide segmentada em vários estratos ou níveis. Representa uma relação vertical entre as diferentes normas jurídicas , conforme entendidas pelo jurista e filósofo austríaco Hans Kelsen (1881-1973), a partir da doutrina positivista.
Essa pirâmide normativa surge da ideia de que toda norma jurídica deriva seu valor de uma norma superior na hierarquia, de acordo com três níveis hierárquicos diferentes em que Kelsen dividiu sua pirâmide:
- O nível fundamental. No topo da pirâmide, onde está a Magna Carta, a Constituição Nacional ou o texto legal básico de onde emanam todas as outras leis e disposições. É o texto-chave no qual nenhuma instituição jurídica possui hierarquia .
- O nível legal. Situa-se em uma etapa intermediária e pode ser dividida em várias subetapas, ao longo das quais o conjunto de leis que dão vida ao marco legal constitucional será ordenado de acordo com a hierarquia, da mais (topo) à menos fundamental (parte inferior).
- O nível básico. No final da pirâmide, sendo a mais ampla, pois contém os julgamentos dos órgãos jurídicos, que são muito mais abundantes em relação às etapas anteriores, ao mesmo tempo que são menos fundamentais.
Essa ordem hierárquica é sustentada, segundo Kelsen, por duas formas distintas de mecanismo de controle, que são:
- A título de exceção. Aquelas decisões de tribunais ordinários em que um juiz governa a aplicação de alguma regra e sua relação com o resto da pirâmide, às vezes tendo o precedente da justiça costumeira.
- Por meio de ação. Quando órgãos especializados (como o Supremo Tribunal Federal) declaram qualquer norma inconstitucional e, portanto, a impeçam de fazer parte do ordenamento jurídico, perdendo totalmente a sua entrada em vigor.
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Pirâmide de Kelsen no México
No caso mexicano, a Pirâmide de Kelsen é composta por quatro níveis hierárquicos, que são:
- A Constituição Política dos Estados Unidos Mexicanos. Localizada no topo da Pirâmide Kelsen do país, está a Magna Carta, como na maioria dos estados republicanos democráticos modernos. É constituído por três partes fundamentais: o preâmbulo, a parte dogmática e a parte orgânica. Junto com ele estão os Tratados Internacionais de Direitos Humanos que a nação assinou.
- Leis federais. O segundo degrau da Pirâmide é ocupado pelo conjunto de leis federais, por se tratar de uma nação federal. Essas leis se encarregam de reger o conjunto dos diferentes estados mexicanos, aplicam-se a toda a nação como um todo e são constituídas, por sua vez, pelas seguintes subetapas:
- As leis formais. Ou seja, as Constituições Estaduais, Leis Estaduais, Leis Orgânicas e Normas Oficiais.
- Tratados internacionais não relacionados com direitos humanos. Como acordos comerciais, políticos, diplomáticos, etc.
- Leis locais. Este conjunto de leis descreve os poderes dos municípios, puramente locais e minoritários, em comparação com os degraus superiores da pirâmide. Essas são leis “comuns”, de nível inferior, mas que regem as regras e regulamentos do último degrau.
- As regras e regulamentos básicos. Nesta última etapa, a mais ampla e que serve de base à pirâmide, são os regulamentos, de natureza legislativa, bem como as Normas Jurídicas Individualizadas, que são ações judiciais concretas, como contratos ou testamentos, e que nunca eles podem violar os degraus superiores da pirâmide.
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